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Capitalismo

Capitalismo

O capitalismo é um sistema econômico em que os meios de produção e distribuição são de propriedade privada e com fins lucrativos; decisões sobre oferta, demanda, preço, distribuição e investimentos não são feitos pelo governo, os lucros são distribuídos para os proprietários que investem em empresas e os salários são pagos aos trabalhadores pelas empresas. É dominante no mundo ocidental desde o final do feudalismo. O termo capitalismo foi criado e utilizado por socialistas e anarquistas (Karl Marx, Proudhon, Sombart) no final do século XIX e no início do século XX, para identificar o sistema político-econômico existente na sociedade ocidental quando se referiam a ele em suas críticas, porém, o nome dado pelos idealizadores do sistema político-econômico ocidental, os britânicos John Locke e Adam Smith, dentre outros, já desde o início do século XIX, é liberalismo.

Alguns definem o capitalismo como um sistema onde todos os meios de produção são de propriedade privada, outros o definem como um sistema onde apenas a "maioria" dos meios de produção está em mãos privadas, enquanto outro grupo se refere a esta última definição como uma economia mista com tendência para o capitalismo. A propriedade privada no capitalismo implica o direito de controlar a propriedade, incluindo a determinação de como ela é usada, quem a usa, seja para vender ou alugar, e o direito à renda gerada pela propriedade. O capitalismo também se refere ao processo de acumulação de capital. Não há consenso sobre a definição exata do capitalismo, nem como o termo deve ser utilizado como categoria analítica. Há, no entanto, pouca controvérsia que a propriedade privada dos meios de produção, criação de produtos ou serviços com fins lucrativos num mercado, e preços e salários, são elementos característicos do capitalismo. Há uma variedade de casos históricos em que o termo capitalismo é aplicado, variando no tempo, geografia, política e cultura.

Economistas, economistas políticos e historiadores tomaram diferentes perspectivas sobre a análise do capitalismo. Economistas costumam enfatizar o grau de que o governo não tem controle sobre os mercados (laissez faire) e sobre os direitos de propriedade. A maioria dos economistas políticos enfatizam a propriedade privada, as relações de poder, o trabalho assalariado e as classes econômicas. Há um certo consenso de que o capitalismo incentiva o crescimento econômico, enquanto aprofunda diferenças significativas de renda e riqueza. O grau de liberdade dos mercados, bem como as regras que definem a propriedade privada, são uma questões da política e dos políticos, e muitos Estados que são denominados economias mistas.

O capitalismo como um sistema intencional de uma economia mista desenvolvida de forma incremental a partir do século XVI na Europa, embora organizações proto-capitalistas já existissem no mundo antigo e os aspectos iniciais do capitalismo mercantil já tivessem florescido durante a Baixa Idade Média. O capitalismo se tornou dominante no mundo ocidental depois da queda do feudalismo. O capitalismo gradualmente se espalhou pela Europa e, nos séculos XIX e XX, forneceu o principal meio de industrialização na maior parte do mundo. As variantes do capitalismo são: o anarco-capitalismo, o capitalismo corporativo, o capitalismo de compadrio, o capitalismo financeiro, o capitalismo laissez-faire, capitalismo tardio, o neo-capitalismo, o pós-capitalismo, o capitalismo de estado, o capitalismo monopolista de Estado e o tecnocapitalismo.

 

 

 

 

CAPITALISMO

Comercial (Mercantilismo)

  Capitalismo comercial: poder econômico nas mãos da burguesia

 

Contexto histórico

O Capitalismo Comercial é conhecido como a primeira fase do Capitalismo. Sua gestação começou no Renascimento Comercial dos séculos XIII e XIV. Porém, o Capitalismo Comercial ganhou força no início no século XV com o desenvolvimento da burguesia comercial europeia. As grandes navegações e conquistas marítimas dos séculos XV e XVI foram de fundamental importância para o desenvolvimento do capitalismo neste momento.

 

Principais características

 

- Os locais onde o capitalismo comercial mais se desenvolveu foram: cidades italianas de Gênova e Veneza, Espanha, Portugal, Alemanha, França, Inglaterra e Países Baixos;

 

- Impulso comercial através das conquistas de territórios na África e América, principalmente por Portugal e Espanha. Estes países colonizaram e exploraram colônias, retirando recursos naturais (principalmente ouro). Um dos exemplos foi a exploração feita por Portugal em sua principal colônia, o Brasil;

 

- Grande poder econômico, social e político da burguesia comercial;

 

- Uso de mão-de-obra escrava de origem africana, principalmente nas colônias portuguesas e espanholas;

 

- Mercantilismo: política econômica que priorizava o acúmulo primitivo de capital, metalismo (riqueza através de ouro e prata), protecionismo alfandegário, Pacto Colonial (relações comerciais exclusivas entre Metrópole e Colônia) e a balança comercial favorável (mais exportações do que importações);

 

- Desenvolvimento do sistema bancário que favoreceu o avanço do capitalismo comercial.

 

Enfraquecimento

 

O capitalismo comercial perdeu força no século XVIII com a Revolução Industrial e o surgimento do capitalismo industrial. Vale dizer que o comércio (relações comerciais) não deixou de ter importância, porém as atividades industriais passaram a ganhar mais relevância econômica a partir de meados do século XVIII.

 

 

Industrial  (Liberalismo)

 

Industrial do período da Revolução Industrial

 

 

 Significado - o que foi

O capitalismo Industrial foi a segunda fase do desenvolvimento do capitalismo. Teve início com a Primeira Revolução Industrial do século XVIII, avançando até o século XIX com a Segunda Revolução Industrial. A Inglaterra é considerada o berço desta fase do capitalismo, pois foi neste país que teve início o processo de revolução industrial.

 

Principais características

 

- Atividades industriais como principal fonte de negócio e lucros. Destaque para a indústria têxtil.

 

- Concentração de renda nas mãos da burguesia industrial (grandes donos de indústrias);

 

- Alta desigualdade social, pois os lucros ficavam quase integralmente com os donos de indústrias que pagavam salários muito baixos para os operários;

 

- Evolução nos meios de produção com a invenção e uso de máquinas a vapor. Aumento da produção com custo mais baixo.

 

- Uso do carvão como fonte de energia e ferro como principal matéria-prima;

 

- Desenvolvimento de meios de transporte (locomotivas e navios a vapor) rápidos e de longas distâncias para atender a logística.

 

- Uso nas indústrias de mão-de-obra assalariada;

 

- Salários baixos, poucos direitos trabalhistas e exploração de mão-de-obra infantil. Grande parte dos operários vivia em péssimas condições sociais.

 

- Êxodo rural - saída de trabalhadores do campo para buscar empregos nas indústrias das cidades;

 

- Crescimento desordenado das cidades industriais europeias com piora na qualidade de vida e surgimento de problemas sociais;

 

- A partir da segunda metade do século XIX, o capitalismo industrial cresceu em outros países como, por exemplo, França, Bélgica, Alemanha, Holanda, Estados Unidos e Japão;

 

- No final do século XIX começou a surgir as empresas multinacionais com a união do capital industrial com o financeiro (principalmente bancos). Ocorreu neste contexto, a formação de monopólios em vários setores da economia, organizados e mantidos pelas grandes indústrias.

 

Neocolialismo e Imperialismo

 

Como forma de ampliar o mercado consumidor e obter novas fontes de matérias-primas, as principais potências econômicas europeias conquistaram países na Ásia e África. Além de impor o modo de vida europeu nas regiões colonizadas, os europeus vendiam seus produtos e exploravam recursos minerais e vegetais nestes países. Foi uma forma de expandir o capitalismo no século XIX.

 

Você sabia?

 

- O socialismo surgiu no século XIX como oposição ao capitalismo industrial. Os socialistas propunham uma modelo econômico e social baseado na igualdade social, com o controle dos meios de produção realizado pelos trabalhadores das fábricas. Karl Marx foi o principal representante do socialismo.

 

Financeiro

 

Principais características

 

- Forte presença, na primeira metade do século XX, de empresas (indústrias, comércios e finanças) monopolizadoras;

 

- Integração do capital industrial ao bancário;

 

- Busca de lucros expressivos no mercado financeiro, através da negociação de ações, moedas, derivativos e outros produtos financeiros;

 

- Fortalecimento do sistema de empréstimos e financiamentos para aquisição de bens (imóveis, carros e outros produtos);

 

- Fortalecimento das bolsas de valores;

 

- Surgimento de empresas multinacionais (transnacionais);

 

- Aumento da importância dos bancos na vida das empresas e pessoas. Dependência para pagar contas, obter empréstimos e financiamentos, investimentos e outras atividades financeiras.

 

- Aumento da especulação financeira nos mercados;

 

- Aumento dos lucros dos bancos, financeiras, corretoras de seguros e corretoras que operam com ações nas bolsas de valores;

 

- Surgimento e valorização de profissões voltadas para o mercado financeiro;

 

- Surgimento, uso e dependência de sistemas tecnológicos nas operações financeiras.

 

Crises

 

O capitalismo financeiro já enfrentou duas fortes crises.

 

A primeira delas ocorreu em 1929 com a Quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque. A desvalorização das ações das empresas norte-americanas ocorreu de forma rápida e significativa. Muitas empresas foram a falência e a crise se espalhou pelos países capitalistas do mundo todo.

 

A outra crise foi recente e ainda espalha pelo mundo suas consequências negativas. Surgiu nos Estados Unidos, em 2008, com o estouro da bolha imobiliária e a desvalorização de produtos financeiros presentes nas carteiras de diversos bancos norte-americanos e europeus. A crise  gerou falências, além de diminuir o crescimento econômico em diversos países e aumentar o desemprego nos EUA e na Europa.

 

 Informacional 

 

 Essa fase também é chamada de Capitalismo do Conhecimento. É marcado pelo acúmulo de riquezas por meio do conhecimento. Teve início com a intensificação da globalização da economia e com as inovações tecnológicas. É considerada a 3ª Revolução Industrial. Esse tipo de capitalismo é muito visto no Vale do Silício, nos Estados Unidos. Adota-se o neoliberalismo para minimizar as barreiras aos fluxos globais. Nessa fase do capitalismo dá-se grande importância à especialização da mão-de-obra.